domingo, setembro 18

Mike e eu (Parte 2)



Mike me mostrou a lanchonete, os banheiros, a biblioteca e mais um monte de lugares do colégio. O que eu não estava entendendo era o porquê ele estava agindo dessa forma comigo, tão atencioso e prestativo. Notei que ele estava um tanto quanto nervoso e eu não ajudava por quase não falar nada. 

Fomos a uma espécie de jardim, lugar onde os alunos de biologia tinham aulas práticas, e chegando lá o Mike me perguntou o que tinha achado do ‘tour pelo colégio’ e com um sorriso tímido respondi que tinha gostado da escola, muito espaçoso, parece que os alunos se divertem muito por aqui. 

Ele me disse que os jogos para abertura do ano letivo iriam iniciar nas próximas semanas e que teria que ficar treinando no turno contrário, me convidou para assistir os treinos e até me emprestou o caderno para eu atualizar o conteúdo. 

O sinal do último horário já tocara e estava na hora de irmos para casa. Despedirmos-nos com um aperto de mão e um abraço firme que durou um pouco mais do que o ‘normal’. Ele me disse que caso eu quisesse, poderia ficar para ver o treino e eu bem que queria, mas estava mesmo era a fim de ir para casa ver meus pais. 

Indo para casa com a Camila, uma colega de sala muito simpática que também mora próxima a mim, ela me perguntou se poderia me fazer companhia de ida e volta do colégio e eu disse que sim, seria um prazer. Chamou-me para conhecer a cidade, os lugares onde os jovens costumam ir. Chegamos na frente de casa e eu não estava a fim de convidá-la para entrar, fui logo despedindo e disse que a esperaria no outro dia para irmos juntos para aula. 

Abri a porta de casa e meus pais perguntaram como tinha sido meu dia no novo colégio, quem era a colega que me deixou em casa e mais um monte de coisas, respondi que tinha gostado e que a Camila era um colega de sala. Meus pais gostaram quando disse que iria me adaptar ao lugar mais rápido do que eu esperava. Era notável o ar de bem-estar nas expressões deles pelo novo trabalho, iriam receber aumento salarial e muitas vantagens por terem mudado para cá. 

Minha mãe me chamou para fazer compras e meu pai para ir a uma visita na casa de um colega que já conhecia aqui na cidade, mas preferi ficar em casa copiando as matérias que tinha perdido, tomei banho, almocei e fui descansar um pouco. Deitado na cama, foliei o caderno do Mike e encontrei uma foto linda dele, sorriso fascinante e muito atraente, e por alguns instantes eu temi em gostar dele. Deveria ter ficado para o ver treinando – Pensei alto. 

Sete horas da manhã e a Camila grita meu nome no portão, estava sentindo um friozinho na barriga e mal podia esperar para ver o Mike. Fomos conversando até a escola, ela me perguntou o que eu estava achando dos novos colegas e dos professores. Ousou até me perguntar se eu estava a fim de alguma menina do colégio e sorrindo eu disse que não. Não queria deixa-la sem graça. 

Chegando à escola alguém grita pelo meu nome – Pedro. Como eram poucas pessoas sabiam do meu nome, me virei procurando quem tinha me chamado, e claro, ele, com os cabelo molhado e com o sorriso estampado no rosto veio me cumprimentar. Pronto para mais um dia de aula? - Sim estou – Respondi. 

As carteiras das salas de aula eram organizadas para sentar em duplas e a Camila pediu para que eu sentasse com ela. Mike olhou-me acenando para que eu não me sentasse e acabou entendendo a situação. Passei todos os horários ao lado da Camila, ouvindo ela me falar dos seus ex-relacionamentos e das cores de esmaltes que combinariam com roupas que ela tinha comprado ontem no shopping. 

Ao término da aula, Mike me perguntou se eu estava a fim da Camila ou se ela estava a fim de mim. Disse que ela tem me olhado com 'outros olhares'.

Caminhando para casa, Mike, Camila e eu, ela perguntou a ele o porquê de estar indo para casa aquela hora, a final de contas, teria treino após as aulas e ele respondeu – É que eu fiquei de fazer o trabalho de geografia com o Pedro. Eu achando aquele papo estranho decidi apenas os ouvir e concordar com o Mike em tudo que ele dizia. 

Na frente da minha casa, querendo já que a Camila fosse embora, ela tinha me perturbado o tempo todo no colégio com o assunto dos esmaltes. Notei que o carro dos meus pais não estava na garagem, fui logo convidando o Mike para entrar, e a enfurecida Camila foi embora combinando comigo o horário de passar na minha casa no outro dia. 

Entramos em casa, deixei a mochila no sofá e o Mike ficou parado na porta quieto me olhando enquanto eu fazia algumas perguntas bobas a respeito da Camila, ele me respondia apenas ‘sim’ ou ‘não’. Pediu-me um copo com água, e depois de voltar da cozinha, estendi a ele o copo, Mike segurou firme na minha mão, deixou o copo sobre a mesa de centro e olhando firme nos olhos, sem dizer nada, me abraçou e me beijou.


Kayran Yiuckatã

sábado, setembro 10

Obrigado!


Tenho muito que agradecer as pessoas que me decepcionaram na vida, tenho que ser muito grato a algumas pessoas que me fizeram feliz em grandes momentos. Grato por sorrisos e choros, afeto e solidão. 

A vida é assim, pessoas vêm e vão e você fica. Quantas vezes fomos prometidos do mais puro amor de viver ‘felizes para sempre’? E muitas vezes não sabemos que o sempre sempre acaba e que viver ‘felizes para sempre’ só existe nos contos da Disney! 

Hoje sei que meu sorriso é uma grande arma de bem-estar para mim e para os outros, todos que querem ver o meu bem merecem um sorriso meu. O que realmente aprendi e que tem pessoas que não podem merecer o nosso sorriso, mas elas acabam tirando de nós algo mais forte, as lágrimas. 

Sou grato por hoje ter aprendido que meu sorriso aproxima as pessoas, e que, se rastejar, gritar, sofrer e chorar não traz ninguém de volta. 

Kayran Yiuckatã

sexta-feira, setembro 9

Mike e eu (Parte 1)


Iniciou o ano letivo mais uma vez, as férias estavam tão boas e chatas ao mesmo tempo e voltar para escola não é uma das minhas vontades. Mês passado meus pais foram transferidos no trabalho para uma cidade distante e eu, claro, tive que os acompanhar. Vou ter que ir para escola sozinho, sou tímido para fazer amizades e eu não conheço ninguém nessa merda de cidade. 

Meu primeiro dia de aula foi terrível, e olha que só tive coragem de ir para a escola depois de uma semana do inicio, foi pior ainda, perdi conteúdo e toda aquela roda que se faz nos primeiros dias de aula para conhecer os colegas novos. Que idiota, o que estou fazendo aqui? 

Com muita vontade de ir pra casa, e meus pais não me ligam, toca o sino do intervalo e toda aquela galera querendo encontrar os amigos de outras turmas para contar como foram às férias, e eu aqui, sentando de cabeça baixa com fone nos ouvidos até que noto alguém se aproximando. Detesto isso porque sempre tem alguém me enchendo o saco por causa do meu estilo. “Prazer, meu nome é Mike!” 

Ainda sentado, olhei nos olhos desse garoto que dirigiu palavras a mim, e ele sorriu. Disse que tinha notado que eu estava deslocado na sala de aula e também perguntou se eu era novo no colégio. Pediu que eu me juntasse ao grupo de colegas dele e eu neguei, porque como sempre, sou tímido para conhecer pessoas, e eu achando que ele iria me deixar só novamente para ir se juntar com os amigos, o Mike sentou do meu lado e começou a me interrogar. Passamos uns cinco minutos conversando até que o sinal alertando o fim do intervalo toca. 

Entrando na sala de aula novamente, o Mike pegou a mochila dele e veio se sentar ao meu lado para continuarmos o papo em plena aula de química. A professora logo notou a nossa conversa e pediu que fizéssemos silêncio e que prestássemos atenção na matéria. Ele olhou para mim e sorrimos com os olhos e voltamos a conversar pelo papel. Descobri que ele mora algumas ruas acima da minha nova casa, que ele fazia parte do time de futebol da escola, que as meninas eram loucas por ele e mais um monte de coisas. Talvez isso seja um problema que tenho, mas o perfil dele, do tipo popular, não me chama muito a atenção, metidos querem ser os reis do pedaço e não vejo nada de mais nisso. 

A aula de química termina e eu nem prestei atenção na matéria, apenas nos olhos do Mike que se atentava e sorria a cada linha que eu escrevia no papel da nossa conversa. Até que o professor do próximo horário chegasse, ele me disse baixinho “Pegue seus materiais e vem comigo”. Não entendia o que ele estava querendo desse jeito. 

Eu não podia matar as aulas, eu já estava muito atrasado nos conteúdos dado pelos professores, mas o Mike me disse que iria me mostrar à escola, já que eu era novo e eu até pedi que ele me mostrasse em outra hora já que ainda tínhamos aula e ele disse que não, e eu logo fiquei passivo nas atitudes de boa recepção dele.


Kayran Yiuckatã

quarta-feira, setembro 7

Train - Marry Me



Case Comigo

Para sempre pode nunca ser o suficiente para que eu
Sinta que tive tempo suficiente com você
Esqueça o mundo agora não vamos deixá-los ver
Mas há uma coisa a fazer

Agora que o peso tem levantado
O amor certamente tem mudado meu jeito
Case comigo
Hoje e todos os dias
Case comigo
Se eu nunca tiver a coragem de dizer
Olá neste café
Diga que você vai
Hã-hã
Diga que você vai
Hã-hã

"Estar junto" pode nunca ser perto o suficiente para que eu
Sinta que estou perto o bastante de você
Você usa branco e vou usar as palavras "eu te amo"
E "você é linda"
Agora que a espera acabou
E o amor finalmente mostrou a ela minha maneira
Case comigo
Hoje e todos os dias
Case comigo
Se eu nunca tiver a coragem de dizer Olá neste café
Diga que você vai
Hã-hã
Diga que você vai
Hã-hã

Prometa-me
Você sempre será
Feliz ao meu lado
Eu prometo
Cantarei para você
Quando todas as músicas morrerem

E case comigo
Hoje e todos os dias
Case comigo
Se eu nunca chegar a coragem de dizer Olá neste café
Diga que você vai
Hã-hã
Diga que você vai
Case comigo
Hã-hã