domingo, fevereiro 17

C'est la vie


Acordei e fiquei olhando para o teto do meu quarto naturalmente iluminado pelo sol. Imaginei o que poderia acontecer se não me levantasse da cama naquele dia, o que realmente mudaria se eu não fizesse mover as coisas ao meu redor. Talvez as pessoas sentissem a minha falta ou sentisse falta delas, talvez o celular sobre a mesa fizesse tocar a música 'More Than This’ quebrando o silêncio do barulho dos meus pensamentos, ou ele poderia não tocar. 

Levantei e notei que meus chinelos não estavam próximos à cama e não me recordo de ter ido dormir descalço. Isso seria algo que eu pensaria mais tarde ou fosse relevante.

A imagem do meu reflexo ao espelho não era a que eu realmente gostaria que fosse projetada. O que eu estava fazendo comigo mesmo? Penso qual seria o rumo que minha vida tivesse sido levada se eu tivesse feito outras escolhas, tivesse deixado a vida me escolher ou não ter feito escolha alguma.

Se chove ou faz sol não é algo importante para mim, ou eu deveria saber apreciar essas extremidades e me moldar para fazer minhas emoções aflorarem com tempo.

Penso em abrir a porta do quarto e perguntar para meus familiares, íntimo-desconhecidos, onde estou e quem eles são, se minhas torradas com pouca manteiga estão prontas ou se realmente gosto de torradas.

Melhor é voltar a dormir. Talvez eu viva num sonho, posso ser um sonho, posso ser real ou um personagem de videogame. Isso pouco me importa... C’est la vie!

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